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Em qual ETF investir na sua idade?
Mais uma entrevista exclusiva para nossos leitores, desta vez com o estrategista-chefe do PagBank. Em seguida, uma reflexão sobre em que ETFs investir de acordo com a sua idade.

Os ETFs vão “acabar” com os fundos? Confira a entrevista com Alex Falararo, do PagBank
O crescimento dos ETFs no mercado de investimentos traz algumas questões à tona: a gestão passiva é melhor do que a gestão ativa? Seriam os ETFs capazes de “acabar” com a indústria de fundos no Brasil?
Falamos sobre esses e outros assuntos com Alex Falararo, estrategista-chefe do PagBank, responsável, junto ao seu time, pela análise do mercado e pela publicação de uma carteira exclusivamente composta por ETFs todos os meses.
Em qual ETF investir na sua idade?
Investir é lidar com múltiplas variáveis. E entre os poucos consensos que existem no mercado de investimento, um deles é de que o tempo é a variável mais estratégica para construir seu patrimônio.
A rentabilidade dos seus investimentos pode variar dependendo do que acontece no mercado. A quantidade de dinheiro aplicado também pode mudar — amanhã, você pode ganhar na loteria ou precisar resgatar parte dos seus investimentos por conta de uma emergência.
Já o tempo é uma via de mão única: você não consegue convencer seu “eu do passado” a poupar mais em certa idade, mas você pode aproveitar a mesma lógica para investir de uma forma mais inteligente no seu atual momento de vida.
Com isso em mente, a tudoETF fez um exercício de pensar em alguns ETFs que podem ser interessantes para a sua idade. Antes de você ler a lista, por favor, leia a bula: esse é um conteúdo informativo, e não de recomendação.
Não conhecemos o seu patrimônio atual, não sabemos o seu perfil de risco e você nunca nos chamou para um churrasco na sua casa (embora, para o último caso, ainda estejamos abertos ao convite).
E é óbvio: um ETF só não faz verão. Aqui, destacamos alguns fundos, mas, além do tempo, outra grande aliada do seu dinheiro é a diversificação.

Dos 18 aos 30 anos
Essa é uma etapa da sua vida de crescimento e descoberta. Assim como você está tendo primeiras experiências profissionais e pessoais, você também está em um momento crucial: a oportunidade de começar a acumular patrimônio e aproveitar para tomar mais risco em nome de mais retorno.
O que isso quer dizer na prática? Depois de garantida sua reserva de emergência em investimento de baixo risco e alta liquidez, você tem um grande horizonte de tempo para aproveitar o poder dos juros compostos e o retorno de longo prazo em mercados mais voláteis.
O bom desempenho da bolsa americana no longo prazo é refletido na frase de Warren Buffett: “Never bet against America”. O índice S&P 500, referência do mercado estadunidense, pode ser acessado por ETFs como IVVB11, da BlackRock, e SPXI11, do Itaú.
Tem apetite para mais risco?
Se for do seu gosto, há a oportunidade de entrar no mercado de criptomoedas. O ETF de Bitcoin HODL11, da Investo, e o ETF HASH11, da Hashdex, que acompanha o índice de cripto da Nasdaq, são alguns exemplos.
Dos 31 aos 49 anos
Essa é uma fase da vida em que generalizações fazem tanto sentido quanto dizer que todo mundo gosta de pizza com abacaxi. Você pode passar por ciclos de maior acumulação de capital por conta de promoções no trabalho, recebimento de herança, participação em lucros, etc.
Ao mesmo tempo, pode precisar realizar ajustes na sua vida financeira: a compra de um imóvel, o aumento da família e os gastos que vêm junto com essas novidades, como mensalidades, reformas, custos com saúde...
Além de adequar sua reserva de emergência ao seu novo momento de vida, se você possui capital para expandir seus investimentos em ETFs, você pode:
Otimizar seus custos com imposto de renda ao diversificar em ETFs custodiados na Irlanda;
Agregar ao seu portfólio o investimento em ETFs de ouro, que é visto por muitos especialistas como uma proteção para momentos de incerteza;
Utilizar algum capital ocioso para apostar em teses e setores que você gosta: desde ETFs brasileiros do mercado imobiliário até ETFs estrangeiros que apostam em inteligência artificial. O cardápio é vasto.
A partir dos 50 anos
Aqui, você começa a lidar com um horizonte de tempo mais curto para aproveitar retornos de longo prazo. Mas uma coisa da qual você não conseguirá escapar é o poder corrosivo da inflação.
Os ETFs de renda fixa, que cada vez mais ganham destaque no Brasil, podem ajudar você a alcançar retornos interessantes de curto prazo e proteger suas finanças da desvalorização da moeda.
Há uma série de fundos de renda fixa na bolsa com estratégias distintas: do acesso a debêntures a títulos internacionais, a tudoETF fez um compilado de todos os fundos da classe disponíveis na B3. Clique aqui para conferir.
Outra vantagem dos ETFs de renda fixa é que, diferente dos demais, o IR é retido na fonte. Ou seja, ao sacar seu patrimônio, o imposto já vem descontado, sem a necessidade de preencher a DARF. E nessa fase da vida, o que você menos quer é continuar lidando com burocracia, não é mesmo?
Nos vemos na terça que vem,
Redação tudoETF