3 ETFs de sucesso que você nunca ouviu falar

Nesta edição, conheça as duas empresas que deram seus primeiros passos no mercado local de ETFs. Nos EUA, destacamos os ETFs com maior retorno nos últimos 12 meses (e que, provavelmente, você ainda não conheça). Além disso, confira uma coluna exclusiva e um gráfico que demonstra a força dos investidores de ETFs em 2025.

Abrindo os trabalhos

Máquina do tempo: B3 simula quanto você teria se tivesse investido R$ 1 mil em ETFs de cripto um ano atrás.

A vez da Anbima: a associação comenta em que pé está o diálogo com a CVM para a regulação de ETFs ativos no Brasil.

Com a palavra, Eric Balchunas: um dos jornalistas mais relevantes na cobertura de ETFs aborda a proteção de um portfólio de investimentos por meio de fundos na bolsa. O papo faz parte do podcast Trillions, da Bloomberg [em inglês].

Galapagos e Genial entram no mercado de ETFs

O assunto de nicho cada vez fica mais pop: nos últimos dias, duas gestoras lançaram seus primeiros ETFs na B3 e a gente explica a estratégia por trás dos novos fundos.

Por dentro do GLFT11

Esse é o ticker do ETF lançado pela Galapagos Capital, referência em soluções para o mercado institucional. O fundo passou a ser negociado na última quinta-feira e tem como principal público-alvo não a pessoa física, mas gestores e alocadores brasileiros. 

A estreia da Galapagos no mercado de ETFs vem com a contratação de Bruno Stein, que carrega uma trajetória em companhias como BlackRock, Itaú, Safra e Global X.

Com alocação apenas em LFTs (Tesouro Selic), o ETF surge como uma opção para o caixa de outros fundos. Stein explica, em matéria do portal da B3, o que motivou a construção do produto: "Você imagina alguém que está gerindo 3 mil carteiras e está colocando uma parte em caixa. Negociar para 3 mil carteiras pedaços pequenos de LFT, com diferentes vencimentos, é um pesadelo do ponto de vista operacional, e com custo para o cliente."

… e do GICP11

Foco nas debêntures: essa é a estratégia do primeiro ETF da Genial Investimentos. Com índice construído junto à Teva, a companhia chegou ocupando um espaço ainda pouco explorado no mercado brasileiro. 

Segundo Luis Iglesias, executivo do grupo, em matéria do Estadão: "Dos 24 ETFs de renda fixa focados em ativos brasileiros, apenas três são voltados para crédito privado, segmento no qual temos muita experiência."

O GICP11 busca investir em debêntures de longo prazo e high grade, com uma carteira exposta principalmente aos setores de Óleo e Gás (13,74%), Energia (12,32%) e Saneamento (10,78%).

“O que Rocky Balboa me ensinou sobre investir?”

O título é o gancho para a coluna de Renato Eid desta quinzena. Em texto exclusivo para a tudoETF, o gestor da Itaú Asset Management nos conduz em uma analogia didática para entender como a história do personagem (em especial, sua saga em Rocky IV) pode trazer inspiração para quem investe em fundos negociados na bolsa. Resiliência é a palavra-chave.

Os ETFs americanos com maior retorno no último ano (e que talvez você nunca tenha ouvido falar)

Se você leu o texto acima, já entrou no espírito de que a luta é longa, o que significa que retornos exorbitantes de curto prazo nem sempre são a melhor forma de orientar seus próximos passos ao investir.

Feito esse adendo, hoje exploramos o top 3 no ranking de ETFs com maior retorno nos últimos 12 meses em Wall Street a partir de um levantamento feito pela YCharts. Essa é para aqueles entusiastas de um mercado de ETFs mais dinâmico, com espaço para a gestão ativa e estratégias mais arrojadas.

3° lugar: um ETF de Bitcoin que não investe em Bitcoin

Com retorno de +133,17% nos últimos 12 meses, o WGMI, ETF da Coinshares, é um fundo com gestão ativa dedicado ao Bitcoin, mas sem possuir uma unidade da moeda em sua carteira ou derivativos ligados à sua negociação. 

A tese do ETF é apostar no ecossistema da maior criptomoeda do mundo, investindo em empresas envolvidas na mineração do Bitcoin. Um exemplo é a IREN, grupo australiano que foca na mineração de Bitcoin por meio de energia 100% renovável.

2° lugar: um ETF comprado na tese dos psicodélicos

Gerido pela AdvisorShares, o PSIL apresentou até setembro uma alta de 153,66% em um ano.  A principal tese do fundo é a exposição a empresas que realizam pesquisas científicas com substâncias psicodélicas.

A maior posição do fundo, representando 15% da carteira, é a companhia alemã Atai Life Sciences, focada em buscar tratamentos para transtornos mentais.

1° lugar: um ETF focado em uma empresa só

+183,85% de retorno e um único alvo: Tesla. O TESL, ETF da Simplify, é um exemplo bastante extremo dos ETFs de gestão ativa. O objetivo é gerar ganhos a partir de qualquer movimento (bom ou ruim) que a ação da Tesla apresenta na bolsa. 

Segundo a gestora, as decisões do fundo contam com análises amparadas por inteligência artificial para identificar oportunidades de curto prazo e riscos de mercado que podem afetar a companhia. Com isso, entram em cena não só a compra e venda de ações, mas operações alavancadas e exposição a outros ETFs de Tesla.

E o ano nem terminou…

Para encerrar, compartilhamos um gráfico elaborado pela Nord Investimentos a partir dos dados da B3. Como gostamos de ressaltar, 2025 tem sido um ano marcante para a indústria de ETFs. Nada melhor do que uma imagem que demonstre isso.

Dados: B3 / Imagem: Nord Investimentos

Nos vemos na terça que vem,
Redação tudoETF

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